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O Belo a serviço do Sacro

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O Belo a serviço do Sacro

 

De acordo com a definição clássica, a arte pode ser agrupada em sete categorias: música, dança, pintura, escultura, literatura, teatro e cinema. Mas, além destas, algumas outras também podem se enquadrar como trabalho artístico. Para citar alguns exemplos, temos: arquitetura, circo, ópera, desenho, gravura, colagem, fotografia, grafite, etc.

 

Se pararmos um pouco para pensar, veremos que em todas estas categorias podemos encontrar artistas que se dedicaram e se dedicam a levar a fé por meio  de seus trabalhos. Falando da arte clássica, podemos citar Redon, Chagal, Millet, Munch, Morelli, Picasso, Rouault, entre tantos outros. Já na atualidade, quando falamos de arte e religião, lembramos logo de músicos, como por exemplo, Padre Zezinho, Padre Zeca, Padre Antônio Maria, Banda Dom, Dunga, Walmir Alencar, Vida Reluz, entre outros. Mas não faltam exemplos de arte religiosa no cinema, na arquitetura, na fotografia e em tantas outras áreas e categorias artísticas. Todos estes artistas doaram e doam - em parte ou completamente - o dom que Deus lhes deu para ajudar a tornar mais belo o mundo, mas também para ensinar o amor de Deus a sua geração e a gerações futuras.

 

São João Paulo II, enquanto Papa, escreveu em sua "Carta aos artistas", de 1999, estas palavras para expressar o tipo de serviço que a arte pode e deve prestar aos irmãos, apresentando-lhes a fé:

"Convido-vos a descobrir a profundeza da dimensão espiritual e religiosa que sempre caracterizou a arte nas suas formas expressivas mais nobres. Nesta perspectiva, faço-vos um apelo a vós, artistas da palavra escrita e oral, do teatro e da música, das artes plásticas e das mais modernas tecnologias de comunicação. Este apelo dirijo-o de modo especial a vós, artistas cristãos: a cada um queria recordar que a aliança que sempre vigorou entre Evangelho e arte, independentemente das exigências funcionais, implica o convite a penetrar, pela intuição criativa, no mistério de Deus encarnado e contemporaneamente no mistério do homem.

Cada ser humano é, de certo modo, um desconhecido para si mesmo. Jesus Cristo não Se limita a manifestar Deus, mas ‘revela o homem a si mesmo’ (Gaudium et spes, 22). Em Cristo, Deus reconciliou consigo o mundo. Todos os crentes são chamados a dar testemunho disto; mas compete a vós, homens e mulheres que dedicastes a vossa vida à arte, afirmar com a riqueza da vossa genialidade que, em Cristo, o mundo está redimido: está redimido o homem, está redimido o corpo humano, está redimida a criação inteira, da qual São Paulo escreveu que ‘aguarda ansiosa a revelação dos filhos de Deus’ (Rm 8,19). Aguarda a revelação dos filhos de Deus, também através da arte e na arte. Esta é a vossa tarefa. Em contato com as obras de arte, a humanidade de todos os tempos — também a de hoje — espera ser iluminada acerca do próprio caminho e destino" (Carta aos artistas, 1999).

 

Neste sentido, vamos de tempos em tempos "apresentar" algumas obras de arte (das mais diversas categorias) que foram feitas com o intuito de evangelizar e que portanto colocam a arte a serviço do sagrado.

 

Curiosidade Rápida sobre o tema:

Arte Sacra e Arte Religiosa não são exatamente a mesma coisa. Enquanto a Arte Sacra está relacionada com o local do culto, a arte religiosa é toda aquela que possui temática religiosa. Sendo assim, pode-se dizer que toda arte sacra é uma arte religiosa, mas nem toda arte religiosa é uma arte sacra.

 

Fonte:

http://www.recantodasletras.com.br/ensaios/1713425

http://pt.aleteia.org/2016/07/01/a-beleza-divina-vista-por-van-gogh-e-chagall/

http://pt.aleteia.org/2014/11/20/arte-caminho-que-conduz-a-deus/

https://www.todamateria.com.br/o-que-e-arte-sacra/

 

Colaboraçao: Clayton