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Domingo, 10 Abril 2016 10:33

Por onde anda Padre Lécio?

Por onde anda Padre Lécio? PASCOM/PICM

Após dois anos na Paróquia Imaculado Coração de Maria o vigário Lécio Santos foi transferido, no final de 2015, para uma igreja de Planaltina (DF). Em entrevista à Pascom, ele falou sobre planos, experiências e o despertar tardio, porém certeiro, para a vida sacerdotal. 

 

Após breve, porém marcante passagem pela paróquia Imaculado Coração de Maria, o padre Lécio Santos agora é vigário paroquial na Divino Espírito Santo, em Planaltina (DF).

“A experiência na Imaculado foi ótima. A comunidade é participativa, unida e madura religiosamente. Apesar de estar situada no Park Way, a paróquia atende fieis de Águas Claras, Arniqueiras, Areal e região. Se tornou uma referência”, analisa.

Passados apenas quatro meses desde sua mudança, o padre já vislumbra um “desafio missionário” junto à comunidade de Planaltina. “A população é grande, então é preciso alguém de fácil comunicação para conquistar espaço. Além disso, há várias denominações religiosas nessa área. Precisarei evangelizar, mas também atuar para o aprofundamento da fé, por meio da catequese”, explica.

Muito ligado a área de comunicação, o presbítero trabalhou no jornal interno do Seminário Maior Nossa Senhora de Fátima durante o período de formação (entre 2000 e 2004) e na rádio Nova Aliança, como apresentador do programa da Pastoral Vocacional. 

Após a ordenação, em dezembro de 2006, atuou por sete meses na Paróquia São Mateus, em Sobradinho. Na sequência, foi ainda pároco na Sagrado Coração de Jesus e São José, na Ceilândia, por seis anos. Chegou na Paróquia Imaculado Coração de Maria no dia 22 de fevereiro de 2014 e permaneceu conosco até o dia 27 de dezembro do ano passado.

Pouca gente sabe, mas padre Lécio atuou simultaneamente na Imaculado Coração de Maria e na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no Paranoá. “Eu era vigário paroquial na Imaculado e colaborador no Paranoá. Lá celebrava missas e sacramentos e ajudava em cinco, das nove capelas”, lembra Lécio.

Segundo ele, é bom que haja este rodízio entre as paróquias. “As mudanças são determinadas pelo bispo e ocorrem de acordo com a necessidade pastoral”, esclarece.

Nunca é tarde para servir

“Nunca pensei em ser padre”, respondeu o categórico presbítero Lécio, sobre sua vocação. Ao contrário do que afirmam muitos religiosos, que dizem ter plena certeza de sua missão desde crianças ou contam ter ouvido “um chamado” para a vida eclesiástica, o sacerdote admite que só decidiu seguir a carreira aos 16 anos. Desde a escolha, no entanto, traçou um caminho rápido e certeiro.

Até os 14 anos, o padre mal frequentava a Igreja. “Comecei a ir por insistência da minha mãe. Ela não participava das missas, mas queria que eu me aproximasse. Para se ter uma ideia, só fui batizar aos 16 anos, em 1997 e depois fiz também Primeira Comunhão e Crisma”, recorda.

O sacerdote diz que tomou gosto pela vida em comunidade após entrar para um grupo jovem e, na sequência, para uma escola de evangelização. “Lá tive o verdadeiro despertar para o trabalho na Igreja, percebi que isto fazia parte de mim. No início não foi fácil, tive que abrir mão de objetivos pessoais, mas valeu a pena”, avalia.

A confirmação da vocação veio com a entrada no Seminário, no ano 2000, aos 17 anos. A escola ficava no interior de São Paulo. “Eu gostava de levar a Palavra às comunidades carentes. Ficava muito feliz em poder ajudar. Lembro-me de uma vez que reformamos uma capela com a ajuda dos moradores, foi muito bacana”, conta.

O padre acredita que sua facilidade de comunicação é primordial para a função que exerce. “Transito facilmente por diferentes meios e pessoas. Estar em contato com o próximo e poder ajudá-lo foi o que me motivou e motiva até hoje a ser padre. Além disso, celebrar a santa missa, levar a palavra de Deus, também me deixa muito feliz e realizado”, conclui.

 

Por Ludmila Rocha - Pascom